quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

KUNDALINÎ

A KUNDALINÎ OU O PODER DA SERPENTE
A Kundalinî é a serpente invisível que dormita em cada um de nós. Nas fontes da energia sexual, seu poder é despertar a consciência.




Situado entre os órgãos genitais e o ânus, é considerado o centro das energias psíquicas e dos impulsos. É representado por uma serpente enroscada sobre si mesma ou uma flor de lótus. Está relacionado com o olfato e seu elemento é a terra, a força da inércia da matéria. É nele que repousa a kundalini ou a força da serpente, a energia principal, que quando despertada e dominada  adquire o controle da respiração e de sua mente, e acende à clarividência que lhe permitirá conhecer o passado, bem como o presente e o futuro.






Segundo o hinduísmo, a kundalinî é uma energia primordial ou, mais exatamente, uma concentração de energias divinas e primordiais. É um componente essencial ao homem, tal como o coração, o cérebro e os órgãos vitais. Ela é chamada força ou potência da serpente porque está adormecida e enrolada na base da coluna vertebral. Quando a serpente do fogo da kundalinî desperta, então sobe e se enrosca ao longo da coluna vertebral, abrindo passagem aos chacras ou lótus ou centros de forças. Este libertam os fluxos de energia primária e divina que todos trazemos em nós, iluminando nossa consciência e favorecendo assim uma participação plena e inteira do homem na vida cósmica.





A POTÊNCIA DA SERPENTE

Esta crença em uma energia primeira (que seria a origem da criação do homem),a qual reside nele e tem aspecto de serpente, não é exclusiva da cultura hindu. Ela é encontrada nos símbolos e mitos universais relacionados com a serpente e o dragão - que é uma serpente magnificada, marinha, aérea, terrestre ou celeste - e, evidentemente, na cultura judaico-cristã. De fato, no relato bíblico do Gênesis, a serpente é o personagem central da cena da tentação da Eva. Bem antes  dos redatores da Bíblia atribuírem esse papel maléfico à serpente, na antiguidade, a serpente já encarnava as forças vitais e originais sinistras que podiam ser criadoras e ou destrutivas, como aparece no grande  poema babilônico da criação do mundo. Na Babilônia, o mar era chamado de  tamtou, representava-se com uma grande serpente ao mesmo tempo macho e fêmea , ou seja, hermafrodita ou andrógina. Mais próxima de nós, a noção de libido, utilizada desde 1880 pelos fundadores da sexologia para designar a energia própria do instinto sexual é retomada por Freud no ano de 1905 em sua obra "Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualiade", designa a manifestação do impulso sexual na vida psíquica que seria simultânea a um impulso de vida.


TEXTO EXTRAÍDO DO LIVRO: PRESSÁGIOS, CRENÇAS E MISTÉRIOS (COLETÂNEA)