quinta-feira, 19 de abril de 2012

PRANA

"Antes de tudo, é necessário equilibrar o campo das emoções. Não é possível fornecer forças construtivas a alguém, ainda mesmo na condição de instrumento útil, se fazemos sistemático desperdício das irradiações vitais. Um sistema nervoso esgotado, oprimido, é um canal que não responde pelas interrupções havidas (...) Por outro lado, é preciso examinar também as necessidades fisiológicas, a par dos requisitos de ordem psíquica. A fiscalização dos elementos destinados aos armazéns celulares [ alimentos ] é indispensável, por parte do próprio interessado em atender as tarefas do bem."

Livro Missionários da Luz por André Luiz



Prána é o nome genérico que se dá a qualquer forma de energia manifestada biologicamente. Logo, calor e eletricidade são formas de prána, desde que manifestadas por um ser vivo. Por isso, após os mantras e suas palmas, podemos aplicar as mãos sobre um chakra que queiramos desenvolver, sobre uma articulação que desejemos melhorar ou sobre um órgão que precise de algum reforço de vitalidade ou regeneração.

Prána, no sentido genérico, é uma síntese de energia de origem solar e que encontra-se em toda parte: no ar, na água, nos alimentos, nos organismos vivos. Assim, nossas fontes de reabastecimento pránico são o Sol, o ar que respiramos, o ar livre tocando nosso corpo, a água que bebemos, os alimentos que ingerimos. Podemos aumentar ou reduzir a quantidade de prána dos alimentos. O cozimento, por exemplo, reduz o prána.

O prána pode ser visto e fotografado. Para vê-lo a olho nu, basta dirigir o olhar para o céu azul num dia de sol. Divise o infinito azul do céu. Pouco a pouco, começará a perceber miríades de pontos luminosos, extremamente dinâmicos, que realizam trajetórias curvas e sinuosas, com grande velocidade e brilho.

Durante o trabalho mediúnico, principalmente o de cura, o processo de ativação das energias, o médium estará consumindo grande quantidade de todas aquelas que fazem parte das que lhe são necessárias ao funcionamento geral de seu organismo. Essa indicação se refere a todo médium que participa de trabalhos regulares.

Esclareçamos: Todo médium, direta ou indiretamente, pode ser classificado como médium de cura. Mesmo aquele que não participa especificamente do trabalho de passes magnéticos, e que integra somente uma equipe de desobsessão, este, também é médium de cura. E´ que durante o transcorrer da assistência desobsessiva ele estará transferindo energias para recompor a entidade comunicante que está em tratamento.

Além disso, mesmo numa simples conversa com uma pessoa em estado de descompensação energética, para esta ele estará enviando forças novas. E até de forma inconsciente.

Ora, todas essas circunstâncias provocam desgaste físico-emocional no médium. Nos casos corriqueiros ele logo se refaz, mas na continuidade do dispêndio energético, para que não venha a cair nos estados estafantes, cuidados extras precisam ser tomados.

Analisemos a questão com mais detalhes para entender todo esse processo regenerador das forças físicas e psíquicas.

O corpo humano não é um amontoado de músculos e ossos, possuindo reservas ilimitadas de força. Além desses componentes, e para gerar o bom funcionamento geral, ele possui maravilhosas usinas. Umas produtoras e outras catalisadoras de energias que, na medida da produção e da captação, suprem as necessidades do organismo. Mas além dessas substâncias o organismo humano necessita de outros ingredientes que se somarão àqueles, para lhe dar mobilidade e vigor. Dentre estes temos a eletricidade corporal que circulando através do sistema nervoso percorre todo o organismo; e a energia denominada por Allan Kardec de Fluido Cósmico Universal, também conhecida como PRANA. Este último, o prana, nas suas diversas gradações atende não só o corpo físico, mas também os outros corpos utilizados, simultaneamente, pela Consciência. A figura 46C demonstra essa energização, quando, vindo de todas as direções do cosmo, essa radiação prânica atinge o indivíduo. 

 

Este sistema de revigoramento do corpo físico que se utiliza do manancial cósmico, tem como via de circulação o conjunto formado pelos Chacras, duplo-Etérico e a Aura, aliados à rede de finíssimos canais que a distribuem. Essa rede de canais é conhecida por dois nomes, quais sejam: Nadis e Meridianos.
Pois bem, todos esses recursos estão ligados a um só comando: a mente. Todavia, para que haja um funcionamento harmonioso entre todos os diferentes sistemas três procedimentos são indispensáveis.

1º - Manter a mente sob cuidadosa vigilância. Esse estado de atenção se obtém através da prática da meditação e do estudo disciplinado. Meditação porque seu exercício produz uma livre interligação da consciência física com os níveis mais profundos de si mesmo. Em outras palavras, interliga de forma perceptível o corpo físico aos demais corpos de que se compõe a criatura. O estudo porque dá o conhecimento e, com este, a pessoa se sente tranqüila diante das reações que vierem de ocorrer. Em suma, a pessoa passa a ter excelente nível de controle sobre si, racionalizando todo o caudal de energias cósmicas que a atinge, e das quais necessita.

2º - Alimentação sólida, representada por alimentos saudáveis e variados. A este processo chamaremos de alimentação química, em vista da enorme variedade de vitaminas, proteínas, sais minerais e óligo-elementos de que se compõem os nutrientes da alimentação humana. Justamente aí, na química alimentar, quando insuficiente, reside uma boa parte das causas formadoras das deficiências orgânicas sentidas pelos médiuns.

André Luiz, espírito, no seu livro Nos Domínios da Mediunidade, psicografado por Francisco Cândido Xavier, à página 164 diz que o médium de cura não deve se preocupar com a exaustão da energia. Em outras palavras: não deve se preocupar com o desgaste de energia, pois que as fontes do plano espiritual suprirão as necessidades se os médiuns fizerem sua parte.